Maior contratação do ano no Bahia, Goulart chega em busca de sequência para voltar a brilhar

O último clube de Ricardo Goulart Pereira foi o Santos, equipe em que atuou em 30 jogos nesta temporada e marcou quatro gols. Camisa 10 da equipe, o meia-atacante pediu para deixar o Peixe após a eliminação para o Deportivo Tachira, nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Ele perdeu um dos pênaltis na derrota para os venezuelanos, na Vila Belmiro.

Ricardo Goulart, que tinha contrato com o clube até o fim do ano que vem, abriu mão dos salários a receber para deixar o Santos. A princípio, o futuro do atleta seria retornar ao Cruzeiro, mas a negociação não evoluiu.

Contratado para ser a referência técnica do Santos, Ricardo Goulart não atendeu às expectativas na Vila Belmiro. Mesmo assim, no dia a dia do clube, o meia-atacante era elogiado por companheiros e membros da comissão técnica por causa de seu comprometimento.

Ao ser apresentado pelo Bahia, Ricardo Goulart atribuiu o desempenho ruim no Peixe às escolhas do técnico Fabián Bustos. Para ele, faltou sequência como titular do time, situação que o meia deve ganhar no Tricolor.

– Infelizmente, ele não respeitou o meu estilo de jogo, não respeitou a minha história, quis colocar e não respeitar a minha contratação de peso que foi na temporada pelo Santos. Foi uma conversa franca, expliquei que jogo de meia atrás do atacante. Pelo estilo de jogo dele, não opta por meia. Acabou prejudicando o meu futebol, não tem oportunidade de sequência. E lá não aconteceu – disse o jogador.

Ricardo Goulart chegou ao Palmeiras no início de 2019 como o grande reforço do então campeão brasileiro. Depois de já ter trabalhado com o diretor Alexandre Mattos, no Cruzeiro, e Luiz Felipe Scolari, no Guangzhou Evergrande, da China, o meia-atacante era um desejo antigo no Verdão.

O anúncio de sua contratação por empréstimo, em janeiro, animou os palmeirenses, mesmo com o jogador se recuperando de um problema no joelho direito. Só que a expectativa rapidamente virou frustração. Depois de 12 jogos, quatro gols e três assistências, Ricardo Goulart teve de parar em abril do mesmo ano ao sofrer lesão no joelho direito.

Durante a recuperação da cirurgia, o Guangzhou pediu o retorno do jogador ao futebol chinês.

Apesar dos momentos não tão bons nestas últimas passagens pelo futebol brasileiro, Ricardo Goulart coleciona ótimos números em seu país. Em 2012, quando vestia a camisa do Goiás e era comandado por Enderson Moreira, atual técnico do Bahia, ele foi campeão da Série B.

Pelo Esmeraldino, o meia-atacante fez 25 gols em 63 partidas. Antes, ele passou por Santo André e Internacional.

A boa passagem pelo Goiás levou Goulart ao Cruzeiro, clube em que foi bicampeão brasileiro, em 2013 e em 2014. Se no primeiro ano o meia-atacante marcou 14 gols em 49 partidas; em sua última temporada pela Raposa, o atleta marcou 20 gols em 50 jogos e foi o grande destaque do Campeonato Brasileiro 2014. Com isso, chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira.

No futebol chinês, Ricardo Goulart manteve bons números. Foram 115 gols em 189 partidas. O meia-atacante defendeu o Guangzhou FC de 2015 a 2018. Logo no primeiro ano, conquistou o campeonato chinês, foi artilheiro e eleito o melhor jogador da competição.

Depois de passar pelo Palmeiras, ele voltou à China para jogar pelo Hebei, em 2020. No mesmo ano, retornou ao Guangzhou para finalizar sua trajetória no país, em 2021.

No Tricolor, Ricardo Goulart chega para ocupar um setor carente de peças de qualidade. O camisa 10 do time é Daniel, mas o substituto imediato Warley ainda não engrenou. Com conhecida capacidade de finalização, Goulart ainda pode jogar mais avançado e ser opção como atacante.

E só o técnico Enderson Moreira vai poder dizer como o meia vai se encaixar no time. O Bahia tem como próximo compromisso na Série B o CSA, em partida marcada para este sábado, na Fonte Nova. Existe a expectativa do jogador ser regularizado a tempo para estreia.

*Colaborou Thiago Ferri
**Dados do Footstats

Fonte: Globo Esporte