O surto de coronavírus que deixou, até agora, 17 mortos e forçou a cidade chinesa Wuhan a entrar em quarentena, cancelando inclusive as comemorações do ano novo chinês, teria sido espalhado por uma espécie de moqueca, ou sopa, de morcegos, de acordo com o tabloide britânico The Mirror.
Especialistas acreditam que morcegos não carnívoros podem estar hospedando o vírus, já que os pesquisadores “subestimaram” a condição, que é semelhante à pneumonia e à SARS, de acordo com um artigo publicado no Chinese Science Bulletin.
Wuhan, onde o vírus se originou, foi colocada em quarentena, pois o vírus continua se espalhando. O vírus, que tem alto índice de letalidade, é investigado, além da China, em mais cinco países – uma das suspeitas era de um paciente em Belo Horizonte (MG).
A prefeitura de Wuhan disse que iria fechar todas as redes de transporte urbano e suspender os voos da cidade a partir das 10h dessa quinta-feira (23), informou a mídia estatal.
O governo está pedindo aos cidadãos que não deixem a cidade na ausência de circunstâncias especiais.
A China confirmou 571 casos do vírus até o momento, incluindo as 17 mortes. Cerca de 20 trabalhadores médicos também foram infectados.
Os cientistas acreditam que um “intermediário desconhecido” pode estar espalhando a doença.
Agora, existem sugestões de que a moqueca (ou sopa) de morcegos pode ser culpada depois que imagens da culinária incomum surgirem na internet, relata o jornal Daily Star.
Uma imagem de um morcego cozido flutuando entre o caldo em uma tigela antes de ser consumida por uma mulher circula na internet.
Também viralizou o vídeo de uma garota colocando uma das criaturas na boca com pauzinhos enquanto come com os amigos teve uma reação semelhante.
“O hospedeiro natural do coronavírus em Wuhan pode ser um morcego… mas entre morcegos e humanos pode haver um intermediário desconhecido”, disse um comunicado de cientistas publicado no South China Morning Post.
Bahia em alerta
A Bahia elevou o nível de alerta das equipes de vigilância epidemiológica e sanitária para identificar casos suspeitos do novo tipo de coronavírus detectado recentemente na China. As informações são da coluna Satélite, do CORREIO.
Por orientação do Ministério da Saúde, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) determinou a revisão dos fluxos de investigação sobre eventuais casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) associada a coronavírus e o encaminhamento das ocorrências suspeitas ao hospital estadual de referência para doença infectocontagiosas, o Instituto Couto Maia, onde será feito rastreamento de contato com pessoas supostamente infectadas pelo vírus.
No alerta enviado às equipes de vigilância, a Sesab recomendou cautela para evitar “medidas restritivas e desproporcionais em relação aos riscos para a saúde e trânsito de pessoas, bens e mercadorias”, já que não foi registrado nenhum caso suspeito na Bahia.