‘Dogfluencers’: cães de Singapura são tendência no Instagram

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Dois terriers brancos com lenços e boina escocesa posam radiantes para sua dona, que tira uma foto em troca de uma guloseima. Com dezenas de milhares de seguidores no Instagram, esses cachorros são tendência nesta rede social em Singapura.

É uma moda que já estava em voga neste país do sudeste asiático, que gosta muito de animais de estimação. O múltiplos confinamentos pelo coronavírus e o crescimento do comércio on-line acentuaram essa paixão.

Com um chapéu de verão e lenços coloridos, no parque, na cesta de uma bicicleta ou em casa junto a uma garrafa de vinho, as fotos de Sasha e Piper são publicadas regularmente em “Lomodoggies”, sua conta do Instagram.

Os animais já renderam vários milhares de dólares à sua dona, graças ao uso de produtos que vão desde aspiradores de pó a sapatos. Os cachorros têm, inclusive, uma agência de representação.

A empresa também presta serviços ao gato Brossy Meowington, com mais de 50.000 seguidores, e a um Spitz japonês com muitos pelos chamado Luna.

Gato Brossy Meowington tem mais de 50.000 seguidores — Foto: Reprodução/Instagram

A dona de todos eles, Carrie Er, começou há alguns anos a publicar fotos de Sasha com vestidos diferentes, enquanto brincava ou quando saía para passear.

“Queríamos fazer um blog capturando momentos preciosos com seu focinho lindo e o que costuma fazer”, explica a diretora de comunicação e publicidade.

As imagens tiveram um sucesso tão grande que algumas marcas começaram a perguntar se Sasha poderia promover seus produtos. Piper, um ex-cão de concursos, chegou depois para completar a dupla.

“É divertido, para os cachorros e para mim”, disse Er, enquanto tira mais fotos de suas duas estrelas caninas com seu celular.

US$ 500 por trabalho

Os dois cães têm 24.000 seguidores no Instagram e ganham em média 500 dólares da Singapura (370 euros, 315 euros) por cada promoção.

Cachê dos terriers brancos é de cerca de US$ 500 por ação — Foto: Reprodução/Instagram

Sua dona é seletiva na hora de escolher suas colaborações. Não quer promover marcas para cachorros que não atendam aos padrões mínimos, já que eles se alimentam de patê feito em casa.

Os animais ‘influencers’ são cada vez mais procurados pelas marcas, que querem reforçar sua visibilidade online desde que a pandemia começou, explica Jane Peh, cofundadora da The Woof Agency, a agência que representa os terriers.

“Acho que os animais ‘influencers’ têm uma vantagem, porque nós adoramos os animais”, disse a empresária, que tem cerca de 6.000 perfis de animais agenciados. “São tão bonitos, ninguém consegue odiá-los”, afirma.

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