Treze assassinatos de pessoas trans e travesti foram contabilizados em 2021
A Bahia saiu da terceira para segunda posição no ranking de assassinatos de pessoas trans e travestis em 2021, de acordo com dados do relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), divulgado nesta sexta-feira (28).
Segundo o relatório, 13 casos foram contabilizados em 2021 no estado, uma redução de cerca de 32% comparado ao ano anterior.
Atrás apenas de São Paulo, a Bahia já ficou em segundo lugar por dois anos consecutivos: 2017 (17 assassinatos) e 2018 (15).
O levantamento da Antra é feito de forma quantitativa, porque o Brasil não produz dados demográficos a respeito da população trans.
De acordo com o relatório, em todo o território nacional, pelo menos 140 vítimas destes grupos foram assassinadas. A maioria das vítimas mortas está no Sudeste: 35% delas. O percentual é seguido pelo Nordeste (34%); Sul (8%); Centro-Oeste (11%), Norte (10,5%) e Sul (9,5%).
Nacionalmente, a idade média de trans assassinadas é de 29,3 anos.
A maioria das trans vítimas de assassinato em 2021 tinha entre 18 e 29 anos: 53% delas. Em 28% dos registros, as idades variavam entre 30 e 39 anos.
Trans com idades entre 40 e 49 anos representam 10% das mortas, já no caso das vítimas entre 50 e 59 anos o percentual é de 3%.
Além disso, a Antra contabilizou um caso de pessoa trans assinada em 2021 com mais de 60 anos.
Em relação à ração e etnia, 81% são pessoas pretas ou pardas, 18% brancas e 1% indígenas.