Artigo: “O colégio é um brincador”

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É durante a infância que as crianças fazem muitas descobertas sobre si e sobre o mundo. E para isso elas usam a brincadeira como linguagem principal de interação e aprendizagem. Dessa maneira, o brincar deve ser levado a sério pelos adultos e pela escola. Poderíamos dizer que brincar é o “trabalho” da criança, pois isso, é o que ela sabe fazer de melhor.

Brincar é criar, inventar, descobrir, explorar e aprender, é deixar marcas e memórias afetivas, afinal: quem não se lembra das suas brincadeiras de infância? Repletas das mais belas sutilezas e miudezas.

Frente a essas colocações, não é à toa que a legislação da Educação Infantil define que: “as interações e a brincadeira são eixos estruturantes do currículo da Educação Infantil” (BNCC, 2018), pois é por meio delas que as crianças vão produzindo cultura e aprendendo sobre a sua cultura, crescendo socialmente uma vez que, a brincadeira está presente desde o nascimento na vida da criança.

Segundo a pesquisadora das Infâncias, Horn, devemos: “desafiar as crianças e criar situações novas nas brincadeiras, incentivá-las a explorar todos os espaços de forma lúdica, tanto os naturais quanto os construídos, tudo isso ajudará a abrir caminhos para a criatividade, para a fantasia e a aventura” (HORN, Maria da Graça de Souza, 2014, p.10).

Por isso, no Colégio Marista Medianeira, abrimos tempos e espaços para a brincadeira acontecer. Deixamos as crianças brincarem livremente no dia a dia para aguçar a imaginação, criar e recriar novas possibilidades de se apropriar do mundo. Com intencionalidade e continuidade, o brincar é uma das pontes que constrói a proposta pedagógica marista, uma vez que, as brincadeiras não são concebidas para preencher intervalos entre experiências de aprendizagens, mas sim, são vistas como uma própria experiência de aprendizagem, carregada de valores, significados, contextos, exploração e encantamento.

Como diriam as crianças da turma 022 da Educação Infantil durante uma brincadeira de inventariar: “o colégio é um grande Brincador”. E para mim, enquanto educadora, o colégio é/deve ser o lugar de guarda das infinitas possibilidades do brincar. Eu sou a protetora deste grande Brincador que é repleto de pulsão de vida, de infâncias.

Fonte: Jornal Bom Dia

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