Ela é investigada por ter contratado o hacker Walter Delgatti para invadir o sistema do CNJ para inserir dados falsos
A deputada federal Carla Zambelli (PL) deverá prestar depoimento, na tarde desta terça-feira (14), à Polícia Federal, nesta terça-feira (14), às 14h, em inquérito que apura os relatos dados pelo hacker da Operação Vaza-Jato, Walter Delgatti.
O hacker alega ter sido contratado por Zambelli para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o objetivo de inserir dados falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de Moraes. A bolsonarista nega ter cometido qualquer crime.
Em agosto, Zambelli foi alvo de busca e apreensão em seu apartamento e em seu gabinete no Congresso Nacional. Na oportunidade, também foram cumpridos mandados contra alguns de seus assessores e um de prisão preventiva contra Walter Delgatti Netto, que confessou ter invadido o sistema do CNJ e incluído uma ordem de prisão contra Moraes.
Em depoimento, o hacker afirmou que agiu a pedido de Zambelli. A solicitação teria sido feita durante um encontro em São Paulo, em setembro de 2022. À PF, ele disse ainda que conseguiu acessar o e-mail de Moraes, mas não encontrou nada de comprometedor, e que tentou invadir o celular do ministro do STF, mas não teve sucesso.
Para provar a existência da relação com Zambelli, o hacker apresentou à PF extratos de pagamentos bancários que ligariam a deputada a serviços prestados por ele.
Ao jornal O Globo, a assessoria da parlamentar disse que o dinheiro repassado a Walter Delgatti Neto não teve relação com a invasão dos sistemas do CNJ. “As transferências, que totalizaram R$ 10,5 mil, foram feitas para pagar garrafas de uísque. Além disso, a PF não encontrou indícios de que Carla Zambelli soubesse dos ataques ao sistema, ou mesmo sobre as transações entre seu então assessor a Walter”, afirma a equipe de comunicação, em nota.
Fonte: bnews.com.br