Carlos Henrique Passos fala sobre responsabilidade e desafios de assumir presidência da Fieb

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Engenheiro Carlos Henrique Passos tomou posse como presidente da Fieb nesta sexta-feira (17)

O engenheiro e empresário da indústria da construção, Carlos Henrique Passos, de 62 anos, assumiu a presidência da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), nesta sexta-feira (17). A cerimônia que marcou a posse do novo presidente foi realizada na sede da entidade, localizada no bairro do Stiep, em Salvador. Escolhido pelo Conselho de Representantes da Federação, em julho deste ano, Passos substitui Ricardo Alban, que recentemente assumiu a presidência da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Antes da posse, Carlos Henrique Passos, que foi vice-presidente da Fieb durante 9 anos, concedeu entrevista ao BNews e falou sobre a responsabilidade e desafios de assumir a gestão da entidade que representa um dos setores que mais contribuem com a economia do estado. O presidente, que deve permanecer no cargo até março de 2026, também informou como pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido por seu antecessor.

Confira entrevista na íntegra:

BNews: Qual a grande responsabilidade de assumir esse cargo para o senhor, que já ocupava o cargo de vice-presidente da entidade há 9 anos?
Carlos Henrique Passos: Tenho clareza de que meu papel é, primeiro, manter uma governança executiva profissional no Sistema FIEB. Esse é o legado que eu recebo e tenho a missão de manter. Esse legado construído aqui na Bahia, na profissionalização da própria gestão da FIEB e das entidades – SESI, SENAI, IEL E CIEB – é muito bom e uma responsabilidade grande assegurar a sua preservação.

Também acredito que é papel da FIEB contribuir para o desenvolvimento do Estado. Para isso, devemos focar na busca da interiorização dos serviços que a Federação e o Sistema S podem oferecer e em trazer oportunidades, infraestrutura e outras condições para que o estado se fortaleça econômica e socialmente de uma forma mais equilibrada.

Outra prioridade é prestigiar e valorizar a pequena e microindústria, respeitando o encadeamento produtivo, ou seja, considerando as empresas âncoras e fazendo com que as empresas médias, pequenas e microempresas possam participar desse encadeamento, fortalecendo a economia local.

BNews: Qual acredita que será seu grande desafio à frente da Fieb a partir de agora?
Carlos Henrique Passos: A Federação é uma associação de sindicatos de diferentes segmentos industriais. O grande objetivo de uma entidade é lutar pela economia de um modo geral. É preciso ter clareza de que quando a economia vai bem, as nossas empresas têm mais oportunidades. Então, se nós lutamos para o bem da sociedade, estamos lutando também pela nossa empresa. É importante defender interesses, mas desde que sejam voltados para a coletividade.  

BNews: O que, principalmente, os empresários e trabalhadores das indústrias do Estado da Bahia podem esperar da sua gestão?
Carlos Henrique Passos: Há espaço na Bahia para um encadeamento das cadeias produtivas, fortalecendo as empresas de todos os portes. E a gente tem esse grande diferencial que é o SENAI CIMATEC, a casa de inovação. Também entendo que o SESI pode se afirmar cada vez mais como um espaço diferenciado de formação educacional na Bahia. 

Tenho convicção de que o Sistema Indústria pode dar à Bahia uma educação básica de qualidade e contribuir para a melhoria de qualificação dos trabalhadores da indústria, por meio do SENAI. Se eu quero que a indústria saia do 1.0 para chegar no 4.0, é preciso transformar as pessoas por meio da educação básica e profissional de qualidade.

BNews: Qual legado o presidente anterior, Ricardo Alban, deixou e que o senhor, decerto, deve dar continuidade durante a sua gestão?
Carlos Henrique Passos: É um grande desafio suceder alguém como o presidente Ricardo Alban. Não foi por acaso que ele chegou à presidência da CNI. Mas ao mesmo tempo que é desafiadora esta tarefa, ela também é muito estimulante pois me dá a oportunidade de dar a minha contribuição para que a indústria baiana se desenvolva e cresça ainda mais e continue cumprindo os seus diversos papeis, seja no apoio ao industrial, no desenvolvimento de tecnologias ou na formação e qualificação de empresas e pessoas.

Fonte: bnews.com.br

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