As rifas promovidas pelos influenciadores presos nesta quinta-feira (5) funcionavam apenas como fachada para lavagem de dinheiro do tráfico. A partir da promessa de sorteios e premiações, os rifeiros arrecadavam dinheiro com objetivo de “legalizar” o que a organização criminosa ganhava. As informações são da delegada Márcia Pereira, diretora do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco).
A Polícia Civil investiga uma possível lavagem de dinheiro da empresa Esporte da Sorte por meio do Jogo do Bicho. Relatórios do Coaf indicaram transações suspeitas envolvendo a empresa, que é alvo da Operação Integration. De acordo com a PC, a Esportes da Sorte está diretamente ligada à Banca Caminho da Sorte, que operava o jogo do bicho, e utilizava o site de apostas para dissimular os ganhos.
A suspeita surgiu a partir de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Nas investigações, foi apreendido um caderno com detalhes de apostas e prêmios do jogo do bicho e das apostas esportivas. Também foram encontradas provas de que a empresa Esportes da Sorte tinha operações ilegais disfarçadas de atividades regulares.
A investigação iniciou em dezembro de 2022, quando foram apreendidos R$ 180 mil em espécie na sede da Banca Caminho da Sorte, no bairro de Afogados, em Recife, o que configurou a prática da “contravenção penal do jogo do bicho”. O documento também menciona Darwin Henrique da Silva, pai do CEO, apontado por sua suposta atuação no jogo do bicho pela Banca Caminho da Sorte.
Os policiais também descobriram que o site da empresa investigada era operado pela Gaming N.V., uma companhia registrada em Curaçao. No relatório, o delegado ressalta a prática de lavagem de dinheiro para ocultar a origem dos recursos movimentados pelas empresas.
O responsável pela empresa, Darwin Henrique da Silva Filho, foi preso nesta quinta-feira (5), com sua esposa, Maria Eduarda Quinto Filizola.
Fonte: Metro 1