…”não sou vítima de racismo. Eu sou algoz de racistas”, disse Vini Jr.
O mundo não espera um preto vencer. Até os nossos, infelizmente. Esse lugar de ser o melhor, não foi reservado para nós. Todavia, vamos lutar para sermos condicionados…
Vini Jr está ‘desecobrindo’ o racismo no futebol. Tem bailado na Espanha.Tem deixado na linha de fundo seus adversários. Está dando caneta nos racistas: em campo bailando, fora, com a tinta preta assinando mais um contrato, e vencendo os racistas. (Já era para ser o Melhor do Mundo na temporada de 2022.2, e esta de 2024.2, também não veio) Só que a menina dos olhos do racismo é o capitalismo! Fanon diz que “O negro não é um homem, é um homem negro.”
A palavra “Homem” sempre foi utilizada como sinônimo de humanidade, de “ser humano”. Homem é todo ser humano. Negro é negro. Negro não é homem. Logo, negro não é humano… Isto é nítido com a pessoa do Vini Jr. Ele pode ser jogador, vender camisas, divulgar marcas, fazer um show na Arena. Mas dançar, ter um gingado, denunciar o racismo, não! Se até pra sonhar tem trave!
…Enquanto fazer a branquitude ganhar dinheiro, fazer deboche, rirem da sua desgraça, é louvável. Não é fácil driblar o racismo. Vini pôs o número de ‘Deus’ nas costas, e tem carregado o Madri com a chuteira.
O contra-ataque no gramado, não é só pela bola, é pelo racismo estrutural, institucional. O racismo no futebol não ficará mais debaixo do tapete… O homem preto dá passadas lentas, e quando chuta, fura a rede. “O choro só durará uma noite”, mas a sua alegria, Vinícius Júnior, será a nossa força de continuarmos em todas às instâncias lutando contra a branquitude e do sorte de racismo. Tu és o PRÍNCIPE do futebol, um goat, nêgo!
A bola de ouro há 17 anos que um brasileiro ganhou, o Kaká – um homem branco. É Vini, ficou mais uma vez em cima da linha essa bola, mas a bola contra o preconceito fez gol. George Weah até hoje é o único africano a ganhar ao prêmio melhor jogador do mundo. E o último negro a ganhar, foi o Ronaldinho Gaúcho.
O Rodri ganhou, foi mais uma vez a Europa testificando seu eurocentrismo nojento…
Vinícius Júnior, Vini Jr e nada mais, e nada mais! És tu, Vini Jr, gigante pela própria cor preta.
Por: Machado de Jesus
