Tomar atitude diante de sinais iniciais que surgem em tarefas simples, como o banho, é essencial Crédito: Freepik
Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo, especialmente na terceira idade. Esquecimentos frequentes e alterações no comportamento podem ser os primeiros sinais de algo mais sério, como o Alzheimer.
Um desses sinais pode aparecer em uma atividade rotineira: o banho. Quando a pessoa começa a pular etapas do processo, como esquecer de lavar o cabelo ou usar sabonete, vale ligar o alerta.
Esquecimentos que vão além da distração
Tomar banho costuma ser uma sequência automática: molhar o corpo, lavar os cabelos, passar sabonete, enxaguar. Quem faz isso todos os dias nem pensa muito no que está fazendo. Mas quando uma pessoa começa a se atrapalhar nessa ordem, ou simplesmente esquece passos básicos com frequência, isso pode indicar um comprometimento cognitivo.
Esses sinais são mais fáceis de notar por quem convive de perto. Por isso, o papel de familiares, cuidadores e amigos é essencial. Eles ajudam a perceber quando o comportamento deixa de ser pontual e passa a ser padrão.
Quando se preocupar?
Esquecer coisas de vez em quando é comum, especialmente em momentos de estresse ou cansaço. O problema é quando isso vira rotina e começa a afetar tarefas simples, como o banho.
Se a pessoa esquece repetidamente de lavar o cabelo ou aplicar shampoo, por exemplo, e isso não parece intencional, pode ser hora de procurar ajuda médica. Um clínico geral pode avaliar o caso e encaminhar para um neurologista ou geriatra, se necessário.
Outros sinais iniciais de Alzheimer
O Alzheimer costuma se manifestar de forma gradual. Alguns dos sinais iniciais mais observados por especialistas incluem:
- Perder objetos ou esquecer compromissos com frequência.
- Ter dificuldade com tarefas do dia a dia, mesmo em ambientes conhecidos.
- Confundir datas, horários ou a passagem do tempo.
- Mudanças repentinas de humor ou desconfiança sem motivo.
- Isolamento social ou conflitos com pessoas próximas sem explicação clara.
A presença frequente de mais de um desses sintomas deve ser levada a sério. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de manter a qualidade de vida com o tratamento adequado.
Como proteger o cérebro
Além de buscar ajuda médica, algumas práticas podem ajudar a preservar as funções cognitivas:
- Praticar exercícios físicos regularmente.
- Manter o cérebro ativo com hobbies, leitura e aprendizado.
- Dormir bem e cuidar da qualidade do sono.
- Reduzir o consumo de álcool e evitar o cigarro.
- Socializar, mantendo vínculos com amigos e familiares.
Esses hábitos não só previnem o declínio cognitivo, como também ajudam a manter a autonomia por mais tempo.
Prevenção começa cedo
A saúde do cérebro é influenciada por todo o estilo de vida. Uma boa alimentação, especialmente com alimentos ricos em ômega-3, frutas e vegetais, também ajuda a proteger a mente. Cuidar do coração, controlar a pressão arterial e manter hábitos saudáveis ao longo dos anos são atitudes que fazem diferença.
Por isso, notar mudanças em tarefas rotineiras como o banho pode ser mais importante do que parece. Atuar logo nos primeiros sinais é o melhor caminho para preservar a independência e a qualidade de vida, especialmente diante do envelhecimento da população.
Fonte: Jornal Correio