Rogério Ceni fala sobre os desafios mentais do elenco do Bahia e destaca a importância de manter o foco para evitar queda de desempenho no segundo semestre da temporada, como aconteceu em 2024 – Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia
O Bahia até garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Brasil, mas a atuação da equipe comandada por Rogério Ceni foi muito aquém do esperado na noite desta quarta-feira, 6. Contra o Retrô — vice-lanterna da Série C do Brasileirão —, o Esquadrão teve uma noite pouco inspirada, mesmo com o time praticamente titular, e ainda sofreu alguns sustos.
Após assegurar a vaga na próxima fase do principal torneio mata-mata do futebol brasileiro, veio o alívio, mas o treinador fez um alerta:
Feliz pela classificação, pela dedicação de todos, mas preocupado com o rendimentoRogério Ceni – treinador do Bahia
O comandante tricolor demonstrou preocupação com o desempenho do Bahia em jogos contra equipes consideradas “inferiores”, mas destacou a importância de manter a confiança diante das adversidades: “Há dificuldades […] mas é preciso ter mais confiança nesses momentos. Força para resistir”.
Ceni também frisou que tenta sempre ajudar o grupo no aspecto mental, incentivando e “levantando” os jogadores nos treinamentos. No entanto, ressaltou que não é psicólogo e que muitos atletas se motivam de maneiras distintas, de acordo com o que pensam, vivem e como agem. Ainda assim, garantiu que é missão da comissão técnica manter os atletas motivados e focados:
Atleta é ser humano, cansa, a nossa função é manter esses caras firmes até dezembroafirmou Ceni – técnico do Esquadrão
Diante da preocupação em preservar o equilíbrio emocional do elenco para a sequência da temporada — com o Bahia ainda vivo em três competições: Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa do Nordeste —, Ceni também falou sobre como evitar uma nova queda de desempenho no segundo semestre, como aconteceu em 2024, uma vez que o rendimento, muitas vezes, está diretamente atrelado ao psicológico.
Segundo o treinador, a manutenção do desempenho também depende da chegada de reforços para encorpar o elenco, que tem sofrido com muitas lesões ao longo do ano — a mais recente foi a de Erick Pulga:
“Cadu [Santoro, diretor de futebol] está se esforçando para trazer mais uma opção de frente, está se dedicando, trabalhando, viajando, está atrás para trazer mais uma opção para a gente ter mais energia para enfrentar essa maratona”.
Estamos tentando. Espero que a gente encontre uma peça ou outrarevelou o treinador
Rogério Ceni ainda destacou que o segundo turno do Campeonato Brasileiro costuma ser mais difícil, especialmente para equipes que seguem vivas em outras competições, como é o caso do Bahia.
Além disso, segundo o comandante tricolor, os adversários passam a conhecer melhor o estilo de jogo da equipe, o que torna as partidas ainda mais complicadas:
A gente vai encontrando mais dificuldadesdisse Ceni – técnico do Bahia
Fonte: A Tarde