A economia da experiência e o novo desafio das marcas

0
27

Imagem: Envato.

O consumo cultural e de entretenimento passa por uma transformação estrutural. Não é mais apenas sobre o que as pessoas compram, mas como e onde escolhem investir seu dinheiro, tempo e atenção. Essa disputa pelo pocket share do consumidor nunca foi tão complexa. No Brasil, essa mudança é confirmada pela pesquisa da Serasa Experian: 40,7% dos brasileiros pretendem gastar mais com experiências, como viagens e eventos, nos próximos anos, e 20% se identificam exclusivamente como consumidores experienciais. Isso reforça a tendência de priorizar vivências sobre a posse de bens.

Segundo a pesquisa global EY Media & Entertainment Pulse Poll 2025, 84% dos consumidores pretendem gastar em experiências locais no próximo ano e 83% em eventos ao vivo. Ao mesmo tempo, 48% já consumiram experiências locais e 46% eventos ao vivo no último ano. É a confirmação de uma virada cultural: para alguns públicos, a prioridade deixou de ser possuir bens e passou a ser viver experiências.

Os dados mostram que o consumidor não está apenas buscando entretenimento, mas momentos que agreguem valor real à vida. E está disposto a pagar por isso: metade dos visitantes de parques ou cruzeiros comprou opções premium no último ano, e 87% disseram que a experiência superou suas expectativas.

O novo significado do entretenimento

As motivações também revelam novas camadas de significado. 62% buscam momentos de alegria e excitação, 55% querem tempo de qualidade com pessoas próximas, e 32% da gen Z cita benefícios à saúde mental como razão central para buscar experiências. Isso indica que o entretenimento deixou de ser apenas lazer, ele passou a ocupar o papel de bem-estar, conexão e identidade cultural.

Esse cenário intensifica a disputa pelo chamado fun money, o orçamento que as pessoas destinam ao lazer. Shows, viagens, parques temáticos, festivais e até ativações corporativas competem pelo mesmo recurso.

E o que pesa na decisão? O custo continua sendo o fator nº 1 (59%), mas ele não é limitador quando há percepção clara de valor. 67% dos consumidores pagariam mais por experiências que beneficiem comunidades locais, e 69% aceitariam pagar mais por alimentos de origem local. Ou seja, conveniência, autenticidade e sustentabilidade se tornaram critérios centrais.

O papel das marcas e da tecnologia nessa nova economia da experiência

O consumidor contemporâneo não se contenta apenas com um show impactante ou um evento bem produzido. Ele busca jornadas autênticas, imersivas e conectadas à cultura. Cabe às marcas entender essas necessidades e responder de forma consistente, criando relações genuínas, mas ao mesmo tempo garantindo eficiência operacional, segurança para todos os envolvidos e respeito às regras de compliance e às normas ESG.

É nesse ponto que a tecnologia deixa de ser acessório para se tornar alicerce estratégico. Plataformas digitais que centralizam curadoria, concorrência, gestão de budget e pagamentos trazem a agilidade e a inteligência necessárias para transformar essa nova economia da experiência em estratégia sustentável.

O futuro do marketing experiencial não será definido apenas pelo brilho das ativações. Será construído pela capacidade das marcas de conciliar relevância cultural, eficiência operacional e inteligência de dados. É nesse equilíbrio que está o verdadeiro diferencial competitivo.

Fonte: E-Commerce Brasil

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here