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Segundo dados do IBGE, cerca de 17 milhões de mulheres no Brasil, entre 40 e 65 anos, encontram-se no climatério, a fase de transição da vida reprodutiva para a não-reprodutiva. As principais queixas do período incluem fogachos (ondas de calor mais comuns na menopausa), insônia, alterações do humor, alterações cognitivas e, mais tarde, o ressecamento vaginal. Mas o quadro vai muito além desses sintomas e afeta de forma multidimensional o bem-estar físico e emocional.
“O climatério não é uma doença, é um período da vida da mulher que exige olhar integral. Identificar os sinais precocemente permite atuar melhor e preservar qualidade de vida”, explica a ginecologista e professora da Afya Educação Médica Recife, Maria Carolina Valença.
“Cada mulher vivencia o climatério de forma singular e a abordagem deve considerar estilo de vida, alimentação, vacinação, saúde óssea, cardiovascular e mental, além da reposição hormonal, quando indicada”, acrescenta.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a necessidade de atenção médica especializada, educação em saúde e políticas que integrem o cuidado com o climatério à rotina da atenção básica. Confira dicas da dra. Carolina:
1. Mantenha acompanhamento médico regular
O climatério pode trazer alterações hormonais que impactam o coração, os ossos e o metabolismo. Consultas regulares com ginecologista ou endocrinologista ajudam a identificar precocemente sintomas e definir estratégias personalizadas de cuidado, incluindo reposição hormonal, quando indicada;
2. Cuide da alimentação
Prefira uma dieta rica em frutas, verduras, grãos integrais e fontes de cálcio e vitamina D. Alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e gorduras saturadas, podem agravar sintomas como ondas de calor e aumentar o risco de ganho de peso e doenças cardiovasculares;
3. Pratique atividade física regularmente
Exercícios aeróbicos e de força contribuem para o controle do peso, melhoram o humor e o equilíbrio, e preservam a densidade óssea, reduzindo o risco de quedas, osteoporose, prevenção de doenças cardiovasculares. Atividades como caminhada, pilates e musculação são boas opções;
4. Cuide da saúde mental
Oscilações hormonais podem causar irritabilidade, ansiedade, insônia e episódios de esquecimentos, popularmente chamados de “névoa mental”. Estratégias como psicoterapia, meditação e boas práticas de sono ajudam a controlar o estresse e a melhorar a qualidade de vida nessa fase;
5. Fale sobre o tema e busque informação de qualidade
O climatério ainda é um tabu para muitas mulheres. Conversar com profissionais de saúde e outras mulheres que vivenciam o mesmo momento ajuda a reduzir a insegurança e a encontrar apoio. Informação é a melhor aliada para atravessar essa fase com autoconhecimento e bem-estar.
Fonte: Acorda Cidade









