O Mundial deste ano será bem diferente do último que tivemos, em 2018, no que se refere a consumo e canais de abastecimento. A Copa do Mundo de 2022, que será disputada entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro no Qatar, além de ser realizada em um período diferente do ano – historicamente acontece entre junho e julho -, terá também mudanças na maneira como o shopper realiza suas compras. Uma avaliação da KPMG, utilizando dados de mercado, apontou alguns pontos importantes sobre este tema, dando destaque para o protagonismo que terão os canais digitais, sobretudo com os aplicativos de entrega ultrarrápida, e os atacarejos, para compras planejadas.
Aumento no Consumo
Estimativas da Confederação Nacional do Comércio (CNC) indicam faturamento de quase R$ 1,5 bilhão nesse período, uma alta de 8% na comparação com a Copa de 2018. Já a Associação Brasileira do Varejo (ABV) e a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDL) preveem crescimento de até 12% nas vendas durante o evento, o que injetaria mais de R$ 20 bilhões na economia nacional. “Para alimentos e bebidas, o último trimestre é historicamente um momento importante para os resultados do ano e o incremento nas vendas. Diversas categorias se beneficiam tradicionalmente nesse período em virtude das celebrações nos lares e nas confraternizações em bares e restaurantes. A Copa do Mundo representará um impulso relevante para a continuidade e o incremento do consumo nacional”, afirma Mauricio Godinho, sócio-líder do segmento de Alimentos e Bebidas da KPMG no Brasil.
Comportamento de Compra
Uma pesquisa da Meta Foresight, realizada com 1.000 usuários de Internet no Brasil com mais de 18 anos, destacou que 84% dos brasileiros acompanharão o evento, e que 73% comprarão algo durante a Copa do Mundo. Além de roupas e acessórios (60%), as principais categorias indicadas pelos respondentes foram: bebidas alcoólicas (55%), petiscos e salgadinhos (51%), carnes para churrasco (56%), chocolates e sobremesas (39%). A maioria (78%) do público quer se reunir com amigos ou familiares para acompanhar os jogos, seja em casa (80%), na casa de amigos ou familiares (46%) ou em bares e restaurantes (29%).
Eletros em Alta
Mais de um terço do faturamento total previsto deve ser proveniente do segmento de móveis e eletrodomésticos, com previsão de R$ 544 milhões em vendas. Em seguida vem o segmento de eletroeletrônicos e artigos pessoais, somando R$ 332 milhões. As importações de Smart TVs triplicaram em setembro, na comparação com igual período do ano passado. Outro ponto importante é que houve queda de 3,2% no preço médio dos aparelhos entre janeiro e agosto deste ano.
Fonte: Portal Giro News