Moeda norte-americana registrou queda de 1% após a sinalização do presidente do Fed de que não haverá alta de juros nos Estados Unidos
O dólar apresentou queda firme nesta quinta-feira (2) no mercado doméstico de câmbio e voltou a se aproximar do nível de R$ 5,10 no fechamento. A sinalização da quarta-feira do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, de que não haverá alta de juros nos Estados Unidos continuou a reverberar nesta quinta, levando a enfraquecimento adicional da moeda norte-americana no exterior e a recuo das taxas dos Treasuries. O resultado beneficiou o real. O Ibovespa reagiu bem às duas principais notícias do feriado de 1º de maio: a elevação da perspectiva da nota de crédito do Brasil pela Moody’s, de estável para positiva, e os sinais, tidos como favoráveis sobre os juros dos Estados Unidos, emitidos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na decisão de política monetária, na quarta-feira.
Assim, o índice da B3 operou em alta desde a abertura e encerrou a sessão com ganho de 0,95%, aos 127.122,25 pontos. Nesta quinta, oscilou de mínima na abertura aos 125.925,55 até os 127 670,16 pontos, na máxima do dia, com giro a R$ 24,1 bilhões na sessão. Na semana, o Ibovespa avança agora 0,37% – no ano, ainda cede 5,26%. Jogou a favor do real também a alteração da perspectiva do rating do Brasil, de “estável” para “positiva”, pela agência de classificação de risco Moody’s. Segundo operadores, esse conjunto de informações abriu espaço para um movimento de correção mais forte da moeda, uma vez que o dólar fechou terça-feira, 30, em alta de 1,51%, próximo de R$ 5,20 e com valorização de 3,53% em abril.
Em baixa desde a abertura, o dólar à vista furou o piso de R$ 5,15 na primeira meia hora de negócios e tocou o nível de R$ 5,10 no fim da manhã. À tarde, a divisa esboçou operar abaixo de R$ 5,10, ao registrar mínima a R$ 5,1004, em meio ao aprofundamento da queda das taxas dos Treasuries. No fim do dia, o dólar recuava 1,53%, cotado a R$ 5,1128 – menor valor desde 11 de abril.