Avião que caiu em Vinhedo ficou 17 dias parado em Salvador após “dano estrutural”

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O avião da Voepass, turboélice modelo ATR-72-500, que caiu em Vinhedo no interior de São Paulo na última sexta-feira (9) já havia passado por diversos problemas recentes, entre eles problemas no sistema hidráulico durante o voo. A informação foi revelada durante o programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (11).

Segundo a apuração do Fantástico, os problemas começaram a ser registrados em março deste ano, quando a aeronave prefixo PS-VPB começou passar por diversas paradas para manutenção. No dia 11 daquele mês, um relatório de um oficial descreveu que houve um  “contato anormal” da aeronave com a pista na hora do pouso após uma viagem de Recife para Salvador. Como apurou a equipe de reportagem, aconteceu um choque da cauda do avião com a pista e que essa batida causou um “dano estrutural” na aeronave.

A aeronave ficou 17 dias parada em Salvador, até que em 28 de março passou por consertos na oficina da Voepass, em Ribeirão Preto (SP). Somente em 9 de julho ele voltou a voar comercialmente. A primeira rota foi Ribeirão Preto para Guarulhos e já nesse viagem houve uma  despressurização em voo no mesmo dia e o ATR retornou, sem passageiros, para Ribeirão Preto. Ele ficou 4 dias parado para manutenção.

Ao Fantástico um ex-comissária da empresa fez críticas à manutenção das aeronaves. “A empresa colocava a segurança em segundo ou terceiro plano. Visava mais o lucro e a gente tinha um avião que apelidava de Maria da Fé, pra você ter ideia. Porque só voava pela fé. Porque não tinha explicação de como o avião daquele estava voando”

O acidente

O caso aconteceu no início da tarde da última sexta-feira em um voo no qual constavam 58 passageiros e quatro tripulantes. As caixas pretas foram recuperadas e vão ser analisadas pelas autoridades responsáveis para identificar o que poderia ter causado a fatalidade. O relatório preliminar deve sair em ao menos 30 dias.

Entre as hipóteses apontadas pelos especialistas, estão o acúmulo de gelo, que pode ter sido notado ou não pelos pilotos ou um dano estrutural.  Segundo a Aeronáutica, não houve pedido do ATR para voar mais baixo naquela data.

Fonte: Metro 1

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