De camelô a megaempresário: como o talento de Silvio Santos construiu um império bilionário

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Um dos maiores apresentadores da TV brasileira, Silvio Santos morreu neste sábado (17), aos 93 anos. Além de ser o fundador e dono do Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT, Silvio teve uma trajetória empresarial de décadas de sucesso que deu origem ao Grupo Silvio Santos (GSS), hoje um conglomerado bilionário dono de marcas como a Tele Sena (principal produto da Liderança Capitalização), o Baú da Felicidade e a Jequiti.


Senor Abravanel  nome de batismo de Silvio Santos  começou com camelô no Rio de Janeiro, sua cidade natal, vendendo canetas e capas de plástico para títulos de eleitor na eleição de 1946.


Vendedor nato, com grande capacidade de comunicação e persuasão, Silvio alavancou o Baú da Felicidade, então pertencente ao radialista Manoel da Nóbrega, até assumir a empresa, em 1958.
Era o início do Grupo Silvio Santos (GSS), que se desdobrou em setores como cosméticos, capitalização, mídia e comunicação, incorporação imobiliária e hotelaria.


Em 2013, quando o grupo tinha vendas anuais de US$ 2 bilhões e mais de 30 marcas, Silvio Santos entrou na seleta lista de bilionários da revista Forbes, com uma fortuna estimada em R$ 2,67 bilhões (em valores da época).
À época, a Forbes destacou que o patrimônio do apresentador fez dele a “primeira celebridade bilionária brasileira”.
Atualmente, a fortuna de Silvio Santos é estimada em R$ 1,6 bilhão.

De camelô e locutor ao Baú e à Tele Sena


O talento e a voz do jovem camelô não demoraram a chamar a atenção dos veículos de comunicação do Rio de Janeiro. Na década de 1950, Silvio foi convidado a fazer um teste na Rádio Guanabara, onde trabalhou e teve sua primeira experiência como locutor.


Aos 20 anos, decidiu se mudar para São Paulo. Trabalhando na Rádio Nacional, atuou ao lado do radialista Manuel de Nóbrega, que administrava o Baú da Felicidade, que vendia brinquedos a prazo, por meio do pagamento de carnês.
Em 1958, Silvio passou a administrar o Baú da Felicidade, com sua grande capacidade de persuasão e visão empresarial, logo fez a empresa crescer. Pouco tempo depois, assumiu o controle total do negócio.
Nos anos seguintes, o sistema de crediários do Baú foi ampliado para produtos variados, incluindo carros e casas.
A administração de negócios corria paralelamente à carreira de apresentador. Em 1963, Silvio estreava o primeiro Programa Silvio Santos, que foi ao ar pela TV Paulista.


Em 1965, Roberto Marinho comprou a emissora, e o programa continuou a ser exibido pela TV Globo, apenas para São Paulo. Já em 1969, passou a ser transmitido em rede nacional. O programa ficou no ar até 1976, quando Silvio deixou a TV Globo. Nesse mesmo período, foram criados outros projetos do que formaria o portfólio do Grupo Silvio Santos, como a Baú Financeira (1969)  que deu origem ao banco PanAmericano e à famosa Tele Sena.

Fonte: Feira 24 horas

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