Autópsias cerebrais revelam um novo culpado pela doença de Alzheimer

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Entenda a importância dessa descoberta Crédito: Freepik

Um novo estudo feito a partir de autópsias de cérebros humanos trouxe pistas importantes sobre o que pode estar acelerando o avanço do Alzheimer.

Pesquisadores identificaram que células do sistema imunológico do cérebro, chamadas microglia, se comportam de forma diferente em pessoas com a doença em comparação a cérebros saudáveis.

Essas células aparecem com mais frequência em um estado “pré-inflamatório”, o que pode reduzir sua capacidade de proteção e aumentar danos aos neurônios, abrindo caminho para novos alvos de tratamento.

[Edicase]Hábitos simples podem contribuir para prevenir o Alzheimer (Imagem: Krakenimages.com | Shutterstock) por Imagem: Krakenimages.com | Shutterstock

Microglia: as guardiãs do cérebro que podem virar vilãs

As microglias são responsáveis por manter o cérebro limpo e funcional. Elas removem resíduos, células mortas e ajudam a preservar a comunicação entre os neurônios. Em condições normais, essas células atuam como verdadeiras zeladoras do sistema nervoso central.

Além disso, durante o desenvolvimento do cérebro, a microglia também “poda” sinapses, ajustando as conexões neurais para que os circuitos funcionem de forma eficiente. Esse processo é essencial para a formação da memória, do aprendizado e da cognição.

No entanto, em pessoas com Alzheimer, parte dessas células passa a reagir de forma exagerada. Em vez de proteger, elas entram em um estado inflamatório persistente, liberando substâncias que podem acelerar a morte dos neurônios e agravar o avanço da doença.

O que as autópsias humanas revelaram sobre a inflamação

A pesquisa foi liderada por cientistas da Universidade de Washington, que analisaram amostras de tecido cerebral de doadores: 12 com Alzheimer e 10 sem a doença. O objetivo era entender, em nível genético, como as microglias se comportavam em cada caso.

Utilizando uma técnica avançada de sequenciamento de RNA em núcleo único, a equipe conseguiu identificar dez grupos diferentes de microglia, classificados de acordo com seus padrões de atividade genética. Três desses grupos nunca haviam sido descritos antes.

Um desses novos grupos chamou atenção por ser muito mais comum nos cérebros afetados pelo Alzheimer. Ele apresentava genes ligados diretamente a processos de inflamação e à morte celular, sugerindo um papel importante na progressão da doença.

[Edicase]Exercícios de memória e atenção contribuem para preservar a autonomia e a qualidade de vida de pessoas com Alzheimer (Imagem: Studio Romantic | Shutterstock) por Imagem: Studio Romantic | Shutterstock

Microglia: as guardiãs do cérebro que podem virar vilãs

As microglias são responsáveis por manter o cérebro limpo e funcional. Elas removem resíduos, células mortas e ajudam a preservar a comunicação entre os neurônios. Em condições normais, essas células atuam como verdadeiras zeladoras do sistema nervoso central.

Além disso, durante o desenvolvimento do cérebro, a microglia também “poda” sinapses, ajustando as conexões neurais para que os circuitos funcionem de forma eficiente. Esse processo é essencial para a formação da memória, do aprendizado e da cognição.

No entanto, em pessoas com Alzheimer, parte dessas células passa a reagir de forma exagerada. Em vez de proteger, elas entram em um estado inflamatório persistente, liberando substâncias que podem acelerar a morte dos neurônios e agravar o avanço da doença.

O que as autópsias humanas revelaram sobre a inflamação

A pesquisa foi liderada por cientistas da Universidade de Washington, que analisaram amostras de tecido cerebral de doadores: 12 com Alzheimer e 10 sem a doença. O objetivo era entender, em nível genético, como as microglias se comportavam em cada caso.

Utilizando uma técnica avançada de sequenciamento de RNA em núcleo único, a equipe conseguiu identificar dez grupos diferentes de microglia, classificados de acordo com seus padrões de atividade genética. Três desses grupos nunca haviam sido descritos antes.

Um desses novos grupos chamou atenção por ser muito mais comum nos cérebros afetados pelo Alzheimer. Ele apresentava genes ligados diretamente a processos de inflamação e à morte celular, sugerindo um papel importante na progressão da doença.

Por que essa descoberta pode mudar o futuro do tratamento

Os cientistas observaram que, nos cérebros com Alzheimer, as microglias estavam com maior frequência em um estado pré-inflamatório. Isso significa que elas estavam mais propensas a produzir moléculas inflamatórias capazes de danificar os neurônios ao longo do tempo.

Ao mesmo tempo, essas células mostraram menor capacidade de proteção, comprometendo sua função de limpar resíduos e manter o envelhecimento cerebral saudável. Esse desequilíbrio pode ser um dos motores silenciosos da neurodegeneração.

Segundo os pesquisadores, ainda não é possível afirmar se a microglia causa o Alzheimer ou se a própria doença altera o comportamento dessas células. O estudo, publicado na revista científica Nature Aging, aponta, porém, que determinados tipos de microglia podem se tornar alvos promissores para futuras terapias capazes de retardar ou até prevenir a progressão da doença.

Fonte: Jornal Correio

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