Em entrevista exclusiva para o Terra Santa Notícias, o Advogado Erick Menezes Campos OAB-BA, fala sobre os desafios do jovem advogado. Da realidade de 40% dos advogados no país em lidas diárias nos fóruns e audiências, aos impactos da Inteligência Artificial nos escritórios. Entrevista com Erick Menezes Campos A trajetória do Dr. Erick Campos, como Advogado se iniciou no ano de 2017, entretanto, muito antes da Faculdade, ele já operava o direito com expressividade, talvez pela vocação no tratar com as pessoas, ouvindo-as e buscando solucionar seus problemas. Hoje, mantém à advocacia especializada em Regularização de imóveis, direito das sucessões e demais causas cíveis. Visando melhor atender a quem o procura e mantendo parcerias especializadas em todas as áreas do direito, unindo forças com os melhores advogados para garantir os direitos dos clientes. TS – Quais as principais dúvidas do advogado no início de carreira e os erros mais comuns? EC – De certo que toda profissão o início é angustiante, principalmente se tratando de “jovem profissional”. As minhas principais dúvidas e mais profundas no início eram as mais comuns:1- Será que vão me escutar? 2- Será que rejeitarão meus serviços? E reputo que meu maior erro no início foi: Falar mais e ouvir menos. TS – Como você encara a situação do jovem advogado na Bahia? EC – Posso dizer taxativamente que ser Advogado e atuar na Bahia não é para qualquer um, tem suas dificuldades, talvez como em outras profissões. Trata-se de um exercício de paciência, grande responsabilidade, excelência e resiliência, acima de tudo CORAGEM, afinal, não é para covardes. Infelizmente advogar na Bahia não é das tarefas mais fáceis, porém é possível encontrar uma área específica e explorar com grandes êxitos. Basta usar a criatividade e grande jogo de cintura.
TS – Como você enxerga a atual situação do nosso Judiciário? EC – À princípio, importante destacar o período que estamos vivendo, estamos passando por um problema grave de saúde pública que assola o mundo, logo, todo o sistema acaba sofrendo os impactos negativos. O Judiciário sofreu também, e vem sofrendo… Somada isto à morosidade do próprio órgão, defrontamos atualmente com uma situação crítica. Infelizmente a demora na solução das demandas tem sido a parte mais desestimulante da advocacia. Ah! A famigerada burocracia também atrapalha. TS – Na sua opinião, quais as principais características e habilidades que um advogado de escritório precisa ter? EC – A característica chave é a disponibilidade para servir aos demais e a habilidade mais importante é aprender a ouvir em estado de calma alerta, ou seja, entender com profundidade a mensagem passada. TS – Qual a aceitação das novas tecnologias no dia a dia do profissional, e quais os impactos da Inteligência Artificial Jurídica? EC – Creio que a tecnologia utilizada de forma sustentável sempre irá somar. No escritório utilizamos os recursos tecnológicos geralmente para otimizar o tempo e qualificar os serviços. No que diz respeito a inteligência artificial na área jurídica, penso que deva se limitar apenas na otimização de alguns serviços, porém, nunca deverá substituir o Advogado.
TS – A pandemia de Covid-19 afetou os ambientes de trabalho de praticamente todas as profissões. Na advocacia, em especial, popularizaram-se o teletrabalho e as teleaudiências. Como você analisa essas mudanças no trabalho dos advogados? São irreversíveis ou são temporárias? EC – De fato, com a pandemia os meios tecnológicos evoluíram de forma muito rápida, Foram grandes facilitadores no fluir de determinadas áreas, e não foi diferente com a advocacia. Antes, as audiências inaugurais necessariamente eram realizadas nas dependências dos fóruns. Hoje, basta possuir dispositivos móveis capazes e em qualquer lugar se torna possível participar. Logo, Otimizou-se o tempo e quebrou as barreiras geográficas. Penso se tratar de mudanças irreversíveis, e que devemos contribuir a evolução, evitando assim o retrocesso.
Entrevistado por @gutodinamus